Bebês Reborn: Entre o Hobby e o Apego Emocional

Nos últimos tempos, os bebês reborn têm ganhado destaque nas redes sociais e na mídia. Essas bonecas hiper-realistas, que imitam bebês recém-nascidos, despertam diferentes sentimentos: para alguns, são objetos de afeto e cuidado; para outros, motivo de estranhamento ou julgamento.

É importante compreender que, para muitas pessoas, os bebês reborn representam um hobby legítimo. Colecioná-los, personalizá-los e cuidar deles pode ser uma forma de expressão criativa, de relaxamento e até de conexão com memórias afetivas. Nesse contexto, o envolvimento com os reborn é saudável e proporciona bem-estar.

No entanto, em certos casos, o apego a essas bonecas pode indicar questões emocionais mais profundas. Quando o cuidado com o reborn substitui interações sociais reais, interfere nas responsabilidades diárias ou se torna a principal fonte de conforto emocional, é sinal de que algo merece atenção. Nesses casos, o reborn pode estar sendo utilizado como uma forma de lidar com perdas não elaboradas, solidão ou outras dores emocionais.

É fundamental evitar julgamentos precipitados. Cada pessoa tem sua história, e o que pode parecer estranho para uns, pode ser uma tentativa de encontrar consolo para outros. O importante é observar se esse vínculo está contribuindo para o bem-estar ou se está mascarando sofrimentos que precisam ser acolhidos.

Se você ou alguém próximo está vivendo uma relação intensa com um bebê reborn e sente que isso pode estar relacionado a questões emocionais não resolvidas, buscar o apoio de um profissional de psicologia pode ser um passo importante. A escuta empática e o acompanhamento adequado podem ajudar a compreender e elaborar essas experiências de forma saudável.

GABRIEL SIQUEIRA
Psicólogo – CRP: 09/21473

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